O carnaval está chegando, e o aguardamos com ansiedade. São maravilhosos cinco dias de folia, com desfiles, bailes e afins. Para aqueles que não gostam, existe a opção do retiro espiritual, uma viagem à praia ou a outro recanto para fugir da bagunça.

Os festejos de Momo nesse ano terão inicio oficial na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, justamente no dia em que se completa 39 anos da passagem para vida espiritual de um dos maiores nomes da nossa música: Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha.

Desde moleque Pizindim, como foi apelidado por sua avó africana, dedicou-se à música. Logo se destacou no meio musical como flautista, arranjador e compositor. Foi integrante de grupos importantes em sua época e tocou nas casas noturnas mais famosas.

Foi também professor de música e ainda hoje é considerado um mestre para os músicos brasileiros e internacionais, e suas músicas ainda são lembradas através de gravações memoráveis como as interpretações ímpares que Elis Regina deu ao grande sucesso Carinhoso e Marisa Monte à música Rosa, que foram grandes sucessos na voz também inigualável de Orlando Silva.

Alguns dizem que ele viveu um ano a menos de sua vida, pois ele próprio cuidou de seu registro de nascimento e informou como ano de nascimento 1898. Quando outro grande músico brasileiro, Jacob do Bandolim, estava organizando uma grande homenagem ao mestre pelos seus 70 anos é que se descobriu o engano, Pixinguinha nasceu em 1897 como atestava sua certidão de batismo.

Pixinguinha fez parte da criação do samba, tal como o conhecemos hoje. Enfrentou junto aos seus companheiros, como Jonga e João da Bahiana, todos os preconceitos que existiam na época, mas ele os venceu e deixou seu nome e sua obra registrados no panteão da arte brasileira.

Em 1974, ele foi homenageado pela escola de samba Portela, com o enredo “O mundo melhor de Pixinguinha”, que tem belos versos: "A roseira dá rosa em botão/ Pixinguinha dá rosa canção/ e a canção bonita é como a flor/ que tem perfume e cor”.