Entrou em vigor a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores, prevendo punições severas para os estabelecimentos em que forem encontrados menores consumindo bebidas alcoólicas, mesmo com seus pais. Já era tempo do Estado intervir com uma ação direta. Não é segredo para ninguém dos abusos cometidos por jovens que consomem bebidas alcoólicas.

O primeiro abuso se dá no momento do consumo excessivo. Como conseqüência ocorre atos de vandalismos, desrespeito às leis de trânsito – acidentes com vítimas fatais já se tornaram corriqueiros – brigas e outros atos que acabam sempre provocando a dor de uma família ou mais.

Depois de um mês de orientação, a fiscalização está nas ruas e os comerciantes por sua vez, estão tentando se adequar. Digo tentando, pois não será fácil para eles controlarem a venda e o consumo de bebidas, uma vez que em muitos casos seus pais fazem vistas grossas e até apóiam as atitudes de seus filhos, assim eles acabam achando que podem beber o quanto quiserem sem ter que se preocupar com as conseqüências de seus atos.

Um dono de bar resolveu fechar a conta de uma mesa por que uma menor bebia em companhia de sua mãe. A mãe por sua vez disse ao proprietário que tentava fazer com que a lei se cumprir, que ele fosse cuidar de seu negócio, pois ela cuidava de sua filha e a levava na balada.

Pode até ser que essa garota não cometa abusos com o álcool, mas a atitude dessa mãe é digna de repreensão, afinal, a bebida é uma droga. Como mãe ela deveria apoiar essa lei, que teria apenas que ratificar a educação recebida em casa, mas ao que parece ela veio para retificar.

Tomara que essa lei tenha o mesmo efeito da lei anti-fumo, que melhorou muito a qualidade de vida em ambientes públicos fechados. Nesse caso específico, espero que a nova lei contribua para a conscientização sobre o uso abusivo das bebidas alcoólicas e de todas as suas conseqüências, tanto para a saúde de quem a consome como para a saúde de toda sociedade. Afinal, a marvada pinga só tem graça na música.