9 de março de 2013

A Estréia

Quando minha grande amiga Thaís e eu combinamos de eu escrever uma coluna no blog, fiquei pensando no melhor texto para uma estréia. E me lembro de quando apresentei minha primeira peça de teatro: havíamos ensaiado por algumas semanas e havia chegado a hora. Respira e vai. Respirando fundo, escrevo essas palavras para todos. E vou. E vamos! 

Pois bem, em meio à tarde chuvosa, dei uma fuçada no Brincando de Cozinhar e Cia, e me lembrei das primeiras vezes que entrei nele. E a forma tão bonita e aconchegante que a Thaís trata dele, nos faz sentir como crianças, observando nossas mães, tias e avós fazerem as maravilhas que nos deliciavam e nos fazem trazer as lembranças até hoje e para todo o sempre. 

Fonte: The Simpsons
Via minha mãe, pai, avó, avô prepararem quitutes dos mais variados em dias chuvosos, em dias ensolarados, em noites especiais, em Natais inesquecíveis... mas aí vem o tempo, as lembranças perdem-se, algumas pessoas seguem outros rumos, outras vão morar com o Papai do Céu e o que fica são as mais maravilhosas lembranças, as saudades infinitas e, tão mágico quanto Amelie Poulain, conseguimos resgatar isso por conta de um cheiro bom de bolinho, ou enfiando a mão em imensos sacos de grãos... como é bom, não é mesmo? 

A comida tem esse dom... toda a cerimônia do preparo, os cheiros, tão particulares de cada tempero, de cada bebida, de cada coisa pronta, e a água na boca, e o suor nas mãos do esperar, do chegar e do comer. E como é maravilhoso perceber as coisas entrelaçadas. São gostos, cheiros, sabores e uma vida inteira de lembranças e saudades. 

Todo domingo cedo em casa tinha um rádio tocando músicas das mais variadas. Podia ser macarrão com frango assado. Ou o preparo de uma feijoada. Ou a espera por amigos e familiares para um churrascão, não importa. 

Toda vez que eu me deliciar com uma carolina, lembrarei do Natal, eu com cinco anos de idade. O pai se fazendo de Papai Noel, a mãe e as tias arrumando a gente, e a festa linda e inesquecível porque estávamos unidos por algo: uma mesa, um sentimento, e as saudades, presente desde então.



Um comentário:

  1. Meu professor disse tudo!E acho que só quem está próximo a ele sabe que ele não precisa dizer nada!!!Lindo Jeam!

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