5 de outubro de 2014

Palavras... palavras...palavras!!

A cada dia que passa fico mais e mais cansada das propagandas da televisão. O conteúdo delas a cada dia nos faz parecer cada vez mais idiotas, e assim me sinto ao pensar que elas continuam sendo veiculadas porque recebem respostas positivas.
 
Tem uma que nos apresenta uma família entediada e que resolvem cometer os piores absurdos para “animarem” seu dia, mas se eles assinassem determinada TV à cabo não sofreriam esses problemas. Tinha outra, também de TV a cabo em que o filho renegava o pai, e queria ser filho do vizinho porque ele tinha uma assinatura com muitos canais e vantagens. Uma propaganda de sandálias quer me fazer acreditar que se eu calçar a sua marca me tornarei tão maravilhosa quanto a modelo. Outra quer me convencer que basta eu comprar a sua marca de arroz me tornarei uma boa cozinheira, e por aí vai. Fico pensando com meus botões, o que essas propagandas realmente querem nos vender: uma assinatura de TV a cabo ou a confirmação de que somos meros objetos, coisas descartáveis que não podem conviver juntas de forma harmoniosa sem o seu produto.
 
Quem pode acreditar de verdade que ao calçar uma sandália se transformará em uma modelo? Quem acredita de verdade que esta ou aquela marca o fará mais feliz? Então o valor de um pai está na sua capacidade financeira em adquirir bens? Ou estaria na forma em que ama e educa seus filhos.
 
Vivemos em função das propagandas, dos produtos oferecidos no mercado, competimos uns com os outros para ver quem tem o produto mais caro e de marca mais famosa. Não tenho um super celular que acessa internet, com aplicativos de toda espécie que oferecem todo tipo de serviço. E já percebi que algumas pessoas me olham como se eu fosse um ser de outro planeta. Não falam comigo porque não tenho o tal de WhatsApp, não poderiam ligar? Passar em casa? Enviar um e-mail? Um cartão postal? Um sinal de fumaça que seja? Dia desses sai com amigos, e na mesa do bar eles estavam conversando através do celular, ou seja, sobrei no papo e ninguém me dava atenção.
 
Gosto do papo legal e descontraído, mas com as palavras sendo ditas e não escritas. Gosto de me reunir com minha família em volta de uma mesa para falarmos do passado do presente e do futuro, a TV pode ficar pra depois.
 
 

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