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3 de maio de 2012

120... 150... 200 km por hora

A cada dia que passa mais e mais acidentes de carro com vítimas fatais ocorrem. Na maior parte das vezes, esse acidente foi provocado pela imprudência de um dos motoristas envolvidos. Vivemos em um mundo muito veloz, parece que o tempo está correndo cada vez mais, e nós não estamos conseguindo acompanhá-lo. Não é bem assim, há cem anos atrás, uma notícia podia demorar até um ano ou mais para chegar. Mas hoje, aconteceu já está na internet, nas redes sociais, e nas mensagens de celular, por isso essa sensação de velocidade temporal.

Será que por isso as pessoas, e no caso dessa reflexão, os motoristas andam tão impacientes e irresponsáveis? Esquecem-se que apesar de estarem pilotando uma máquina, eles tem em suas mãos vidas de outros seres humanos? Parece que sim, por isso fazem ultrapassagem irregulares, andam acima do limite de velocidade, falam mal aqueles que tentam respeitar as leis do trânsito, pois “empacam” seu caminho. Dirigem após consumir bebidas alcoólicas e passar a noite em claro. O pior é constatar que muitos brincam com o perigo como se fosse algo banal, tiram rachas nas ruas como se estivessem em pista de corrida.

Somente nos primeiros quatro meses desse ano, tivemos vinte e quatro mortes em Marília, em consequência dos acidentes de trânsito, contra nove do mesmo período do ano passado. Não afirmo que em todos os casos o motivo do acidente foi irresponsabilidade, mas esse motivo tem sido frequente, não apenas aqui.

Respeitar sinais de trânsito, limite de velocidade e as regras de trânsito, não faz de ninguém um babaca, ao contrário disso, mostra maturidade, respeito a sua própria vida, de seus acompanhantes e de seu semelhante.

Acidente pelo que entendo, é uma coisa ruim que acontece inesperadamente, mas da forma como muitos motoristas se mostram irresponsáveis, não dá pra pensar em acidente, quando alguém assume o volante e não se preocupa com a segurança, com certeza essa pessoa sabe do risco que ela se torna para todos que cruzam seu caminho.

Escrevi esse artigo atendendo ao pedido de uma pessoa muito especial para mim, minha irmã Sílvia, que recentemente viveu a insana dor de amigos, que perderam sua filha de 16 anos em um desses acidentes que citei acima.

Mais do que um número estatístico, era alguém que deixou um vazio enorme na vida de seus familiares. Muito mais do que um dado estatístico, a jovem a quem dedico este artigo, transformou-se em uma linda estrela, que agora iluminará nossas vidas.

Todo cuidado é pouco, pois a vida vale muito!

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