O Ministério da Saúde publicou um texto intitulado Carta dos direitos dos usuários da saúde, que está disponível no site do próprio ministério (clique aqui).
Esta carta baseia-se em seis princípios: Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
Contudo, nós, simples mortais que dependemos do atendimento da Saúde Pública, sabemos que na prática a história é bem diferente da teoria proposta. As filas nos hospitais são imensas, a falta de leitos é uma constante, funcionários são sobrecarregados – grande parte deles trabalham em dois turnos ou mais para complementar sua renda. Ainda há a falta de materiais de consumo diário e de equipamentos técnicos e ainda o que parece que infelizmente já foi institucionalizado: o desvio de verbas.
No papel, nosso Sistema Único de Saúde é um modelo a ser seguido por outros países, contudo na prática, é um sistema falido que não consegue atender seus usuários. Cansamos de assistir casos divulgados pela mídia, de pessoas desesperadas em busca de vagas para um parente que está passando mal. De mulheres que rodam durante horas buscando vaga em uma maternidade na hora do parto. Outros tantos casos de pessoas que só conseguem uma vaga na UTI ou um medicamento especial através de liminares da justiça, e outros fatos berrantes, que destoam por completo do texto dessa carta, que com certeza foi escrita por quem não precisa utilizar o Sistema de Saúde Pública brasileiro.
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